Nos últimos anos, a lógica do “quanto mais, melhor” tomou conta das redes sociais. Fotos, vídeos, stories, bastidores, rotina, bastidor do bastidor. Como se a única forma de existir fosse se mostrar o tempo todo. Para muitos negócios, essa hiperexposição virou quase obrigatória. Mas será que essa é mesmo a única forma de ser lembrada?
Enquanto isso, cresce o número de mulheres que têm revisto a maneira como constroem sua presença digital. E o que antes parecia ousado, como aparecer menos, hoje é uma escolha consciente e inteligente. Para a publicitária e mentora de marca pessoal Lê Frannco, o offline passou a representar não ausência, mas autoridade. Posicionamento não mora só no que é dito, mas também no que se escolhe silenciar.
Com uma trajetória sólida na comunicação e vivência em grandes projetos, Lê percebeu cedo que estar visível sem clareza de intenção pode gerar ruído, e não reconhecimento. “A presença de marca começa muito antes do post. Ela está nas decisões silenciosas, nas escolhas coerentes, na constância de quem não precisa gritar para ser ouvida”, afirma.
Segundo a especialista, o excesso de conteúdo pode esvaziar a percepção de valor. Quando tudo está acessível o tempo inteiro, perde-se o efeito de escassez, essencial para gerar autoridade e desejo. É nesse ponto que entra o poder do que não se mostra.
Ser estratégica também é saber segurar a entrega
No trabalho que realiza com mulheres empreendedoras, infoprodutoras e prestadoras de serviço, Lê orienta um posicionamento que combina essência, clareza e intencionalidade. “Não é sobre se esconder, mas sobre criar uma curadoria. O que você compartilha precisa refletir quem você é e o que deseja atrair. Exposição em excesso pode até chamar atenção, mas dificilmente traz valorização”, explica.
Sua metodologia, desenvolvida ao longo da carreira, une imagem pessoal, branding, mentalidade e comunicação estratégica. O objetivo é claro: ajudar mulheres a se tornarem líderes das próprias marcas, com autenticidade e propósito. E isso inclui entender que a forma como se escolhe aparecer (ou não) comunica tanto quanto o conteúdo em si.
Offline é presença com intenção
Sumir por cansaço e estar offline por escolha são coisas diferentes. “Existe uma diferença entre ausência e presença intencional. Estar offline por decisão própria, e não por exaustão, é uma forma madura de liderar sua marca com consciência”, destaca.
Essa mentalidade já impulsionou diversas profissionais que, ao adotarem uma postura mais seletiva, passaram a atrair clientes mais alinhados e aumentaram seu faturamento. Algumas inclusive conquistaram resultados consistentes com menos exposição, depois que ajustaram a forma como se comunicavam.
Lê também é idealizadora da comunidade Boss Protagonista, um espaço de apoio e desenvolvimento para empreendedoras. Lá, mulheres que antes sentiam medo de se expor aprenderam a usar sua voz com mais confiança e leveza. Produzem com intenção, não por obrigação.
Uma nova forma de se posicionar
Num cenário saturado de estímulos, o silêncio virou um diferencial. E, para muitas marcas pessoais, não se trata de desaparecer, mas de criar percepção, reforçar autoridade e construir uma imagem com mais consistência.
Se posicionar também é saber o que preservar. É reconhecer quais partes da sua história fortalecem sua imagem, e quais fazem mais sentido serem vividas longe da tela. Como defende Lê Frannco, “o que você mostra pode atrair, mas o que você escolhe não mostrar é o que sustenta”.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Lê Frannco e acompanhar seus conteúdos sobre posicionamento, branding e marca pessoal, siga no Instagram: @le.frannco