A implementação do pedágio free flow (fluxo livre), regulamentado recentemente pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), promete facilitar a vida dos motoristas que transitam pelas rodovias brasileiras. A nova tecnologia permite que os veículos passem por pontos de cobrança sem a necessidade de parar, oferecendo maior fluidez ao tráfego e reduzindo congestionamentos. Entretanto, o sistema, que já vem sendo adotado para carros e caminhões, ainda não contempla motocicletas, o que levanta questionamentos sobre o futuro da cobrança para este tipo de veículo.
O que é o pedágio free flow?
O pedágio free flow é um sistema que utiliza tecnologias de identificação automática, como a leitura de placas e tags de rádio frequência, para cobrar dos motoristas sem que eles precisem parar nas praças de pedágio. Essa modalidade já é amplamente utilizada em países como Estados Unidos e Portugal e, no Brasil, o sistema está sendo regulamentado para oferecer maior praticidade no pagamento das tarifas.
Agora em outubro (14), o Contran aprovou novas regras para o pedágio eletrônico, substituindo a regulamentação de 2022. A nova resolução visa tornar o processo mais transparente e acessível para os usuários, com a inclusão de prazos mais amplos para pagamento e a obrigação das concessionárias de informar claramente as rodovias onde o sistema será implementado. Com isso, a expectativa é que os motoristas possam transitar de maneira mais eficiente pelas estradas brasileiras, sem as paradas obrigatórias nas praças de pedágio.
Motocicletas ainda ficam de fora do novo sistema
Apesar da modernização de pagar free flow para automóveis, caminhões e outros veículos, as motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos ainda estão de fora do modelo de cobrança automática. Atualmente, os principais fornecedores de tags de rádio frequência, usadas para identificar e cobrar os motoristas no sistema free flow, não possuem dispositivos específicos para motocicletas. Isso significa que os motociclistas, ao contrário dos condutores de automóveis, ainda precisarão parar nas praças de pedágio para efetuar o pagamento.
O Ministério dos Transportes já indicou que tecnologias semelhantes às utilizadas para outros veículos serão aplicadas às motos no futuro, incluindo a leitura automática de placas e a identificação via tag. Contudo, a regulamentação atual não obriga as concessionárias de rodovias a implementar esse modelo de cobrança para motos. Por enquanto, em rodovias que cobram pedágio de motociclistas, será necessário realizar o pagamento diretamente nos guichês, seja em dinheiro ou por meios digitais.
Rodovias sem cobrança para motos
Em muitos trechos rodoviários do Brasil, as motocicletas já são isentas de pedágio. Nesses casos, o motociclista pode seguir pelas vias designadas para motos, normalmente indicadas por placas e localizadas nas laterais ou ao centro das praças de pedágio. Essa isenção varia de acordo com a concessionária responsável pela rodovia, e é importante que os motociclistas estejam atentos às sinalizações.
A falta de cobrança em diversas rodovias, no entanto, não descarta a possibilidade de mudanças futuras. À medida que o sistema free flow for sendo mais amplamente adotado e regulamentado, é possível que as concessionárias ampliem o alcance do modelo, incluindo gradualmente as motos no sistema de cobrança automática. Isso depende tanto do avanço das tecnologias de identificação quanto das políticas adotadas pelas concessionárias e o governo.